Senado acabou saidinha para todos os crimes, diz Moro

Senador rebateu informação governista sobre ‘distinção’ aos beneficiados

enador Sergio Moro (União-PR). (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Depois da aprovação do fim das saidinhas pelo Senado, sobrou para a base lulista ‘jogar para a plateia’ que a PEC relatada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), com contribuições e aditivos orquestrados pelo senador Sérgio Moro (União-PR) não atende ao propósito anunciado.

Depois da aprovação do texto-base, os senadores Fabiano Contarato (PT-ES) e Soraya Tronyck (Podemos-MS) sustentaram que a propositura ‘engana o povo brasileiro’ e não vai resolver o problema dos crimes cometidos durante os indultos, já que segundo eles, haveria uma distinção entre os crimes cometidos pelos detentos para continuar autorizando o benefício.

“É importante deixar claro. O projeto aprovado ontem elimina a saidinha, nos feriados, para todos os presos. Parte grande desses presos não estavam retornando ou ainda estavam cometendo crimes, assassinatos, que assustaram o país”, esclarece Moro ao Diário do Poder.

O parlamentar também explicou que a ‘confusão’ ventilada pelos governistas fazia menção à adaptação feita pelo Senado, permitindo estudo e trabalho aos presos, com exceção dos casos em que a pena se origina de crimes hediondos ou de grave ameaça a integridade física.

O Senador acrescentou que o governo Lula se apresentou resistente desde o início da tramitação da matéria, mas membros da base governista tentaram apresentar emendas, em cima da hora, quando se deram conta de que seria inevitável a aprovação. A correria para tentar ajustar a aprovação ao gosto de petistas e afins, teria, segundo o senador, tumultuado a sessão desta terça-feira (20).

Moro ainda comentou as sinalizações do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, sobre possível veto ao fim das saidinhas. “Recebi com surpresa essa informação. Mas vamos aguardar a volta da matéria à Câmara. Os placares de votação têm sido largos. Não acredito que o governo terá tranquilidade para vetar”, arrematou.

  • fonte: Diário do Poder