SES realiza força-tarefa nas fronteiras para combater mosquito da dengue

Os casos de dengue em Mato Grosso do Sul continuam alarmantes. De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) na última sexta-feira (24), MS conta com 2.757 casos confirmados de dengue em 2023.

No ano passado, o estado registrou 27 mil casos da doença infecciosa, além disso, também foram contabilizados 750 casos de chikungunya e 31 de zika. Em todo o Brasil, foram 1,4 milhão de casos de dengue registrados no ano passado. Em entrevista ao Jornal da Hora desta quinta-feira (02), o coordenador estadual de Controle de Vetores da SES, Mauro Lucio Rosa, afirmou que é um período crítico e que a situação vai se agravar ainda mais. 

Lucio explica que está sendo feito uma força-tarefa em Ponta Porã, cidade que faz fronteira com o Paraguai, pois o local está sendo uma ‘porta de entrada’ para o mosquito, tendo em vista a epidemia que existe no país vizinho. 

“A situação é preocupante. Desde o ano passado já estávamos alertando a população, porque já havia uma previsão para tudo isso, estamos vendo somente a ponta do iceberg. Estamos concentrando nossas forças em Ponta Porã de forma a criar uma barreira epidemiológica e entomológica para que essa doença não se espalhe para os demais municípios”, destaca. 

Além dessa situação alarmante no sul do estado, a região pantaneira também sofre com o impacto da dengue. Em Corumbá e Ladário, cidades de fronteira com a Bolívia, o sistema de saúde tem sido comprometido devido à epidemia de dengue que ocorre no país vizinho. 

“Nós temos um controle de fronteira de excelência, comparado aos demais estados. Agora quando você tem um trabalho de excelência, você tem uma vigilância atuante, mas na fronteira no outro país não tem, e é difícil você estabelecer uma regra para os dois países, tendo em vista que essas pessoas da Bolívia e Paraguai também buscam o atendimento no nosso país, ou seja eles fazem o transporte dos vírus da doença de lá pra cá”, enfatiza.

Assista a entrevista na íntegra