Setembro Amarelo: mais afeto, carinho e atenção às crianças para evitar suicídio, sugere capelão Reis

O Mato Grosso do Sul é o quarto estado com mais suicídios no Brasil, e durante o Setembro Amarelo, a atenção da sociedade fica voltada para a conscientização e prevenção. Dentre as ocorrências, ele chama a atenção para o suicídio de crianças e adolescentes, decorrentes da angústia e ansiedade, que levam à depressão. A melhor forma de prevenir esses episódios, é a conscientização de pais e familiares 

Considerando sua grande experiência como psicólogo e capelão hospitalar, Edilson Reis afirma que as crianças nos últimos anos são a parcela da sociedade mais afetada pela depressão. Em entrevista ao Jornal da Hora desta quarta-feira (13) o professor falou a respeito do tema, e disse que é necessário ter uma atenção maior com o assunto. Para ele, os pais e responsáveis precisam estar atentos a possíveis mudanças de comportamento de seus filhos.

“Nós precisamos falar isso com mais intensidade, principalmente envolvendo crianças e adolescentes. Elas mostram o indicativo de mudança de comportamento, de depressão e ansiedade, então  a gente precisa ter um diálogo fraterno e acolhedor com as nossas crianças. Pedir para ela desenhar o que a incomoda ou o que aconteceu, porque às vezes ela não consegue falar da angústia, mas pode desenhar, e aí vem o acolhimento”, disse o capelão.

Os estudos mostram que 70% dos transtornos mentais começam na faixa etária dos sete ou oito anos de idade, e por isso a atenção com a saúde mental das crianças é tão importante. Uma das formas que os os pais podem cuidar de seus filhos, é através do amor. Para o professor, as crianças podem sofrer com a ausência do amor de seus pais, e serem afetadas por problemas que estão à sua volta. 

“Alcoolismo, uso de drogas, violência doméstica, medo, separação dos pais onde um pai fica jogando um filho contra o outro, tudo isso é muito preocupante porque a criança não suporta essa angústia. Outro fator muito interessante é a questão do afeto. Nossas crianças estão pobres de amor, e o que a criança quer é afeto, carinho e atenção, mas recebe abandono. Nós  precisamos elogiar, aprovar nossos filhos” concluiu Reis.

Assista a entrevista na íntegra