Setembro Amarelo: Mais de 300 atendimentos foram realizados durante 2º Mutirão de Saúde Mental

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Mais de 300 atendimentos foram realizados durante o 2º Mutirão de Saúde realizado na quinta-feira (29), no Bairro Chácara das Mansões, Zona Rural de Campo Grande. A iniciativa faz parte da programação deste ano em alusão à campanha Setembro Amarelo – mês de prevenção ao suicídio e valorização a vida – realizada pela Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio da Coordenadoria da Rede de Atenção Psicossocial da Secretaria Municipal de Saúde (CRAP/SESAU).

Os atendimentos realizados por uma equipe multiprofissional, composta por médicos psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e administrativos, foram concentrados no salão da Igreja Zoe. Além da abordagem alusiva à campanha Setembro Amarelo, com foco na Saúde Mental, a atividade contou com apoio da equipe da Unidade de Saúde da Família (USF) Anhanduí, que fez o atendimento aos pacientes diabéticos e hipertensos.

O secretário municipal de Saúde, Sandro Benites, reforça a importância de levar o atendimento especializado aos moradores da Zona Rural e de localidades de difícil acesso, uma vez que estas pessoas tendem a não procurar o serviço de saúde, justamente por conta da distância e dificuldade de locomoção.

“Com isso estamos oportunizando que estas pessoas sejam avaliadas e recebam um atendimento adequado, sendo possível, posteriormente, estabelecer uma conduta de tratamento e ou acompanhamento pelas equipes das nossas unidades da Rede de Atenção Psicossocial”, pondera.

A próxima ação está prevista para ser realizada no dia 27 de outubro no assentamento Três Corações, região rural do Distrito de Anhanduí.

Apesar das discussões sobre Saúde Mental e prevenção ao suicídio serem intensificadas durante o mês de setembro, a coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial da Sesau, Gislayne Budib, ressalta que a Rede Municipal de Saúde está estruturada para prestar a assistência especializada à população durante todo o ano.

“O setembro amarelo é uma campanha importantíssima e que traz visibilidade para o cuidado com a saúde mental e a luta que tantas pessoas enfrentam, mas é sempre bom lembrar que casos de depressão e suicídio acontecem durante todo o ano, por isso nossa rede é estruturada para prestar essa assistência independente da data”, reforça.

Dentro da política de Saúde Mental, os atendimentos acontecem em diversos serviços, desde às unidades básicas e de saúde da família, passando pelo atendimento especializado nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), serviços de urgência e emergência como as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Centros Regionais de Saúde (CRSs), bem como no serviço hospitalar.

A Rede de Saúde Mental de Campo Grande é composta por seis CAPSs, sendo quatro CAPS III, 1 CAPS A.D IV, 1 CAPS Infanto Juvenil, 1 Unidade de Acolhimento e três Residências Terapêuticas. Todas as unidades funcionam 24 horas por dia, com média de 1300 consultas ambulatoriais de saúde mental e 2000 mil atendimentos nos CAPS por mês.

Somente a Rede Municipal possui 101 leitos para atendimentos de pacientes com problemas psiquiátricos ou usuários de álcool e drogas. Além da estrutura própria, o Município conta com 12 leitos contratualizados no Hospital Regional para atendimento de pacientes álcool e droga, 33 no Hospital Nosso Lar para atendimento de pacientes com transtornos psiquiátricos. Está prevista para este ano a inauguração de mais um CAPS Álcool e Drogas, com 20 leitos.

O primeiro atendimento, para ter acesso a toda rede de saúde mental, pode ser realizado na Atenção Básica, por meio das equipes de saúde da família, reconhecendo as necessidades da população e mantendo o diálogo com a Atenção Especializada e Rede de Urgência e Emergência. Assim, são realizados os encaminhamentos necessários para os serviços adequados para receber cada pessoa.

Dados sobre suicídio

No primeiro semestre deste ano, foram notificadas 855 tentativas de suicídio em Campo Grande. No mesmo período, foram registrados 55 óbitos. Em 2012 foram 1.322 tentativas de suicídio e 120 óbitos. O maior número de notificações é entre o público feminino, aproximadamente 70% dos casos. No entanto, os mais vitimados são os homens.

Fonte: Campo Grande Notícias