Neste primeiro semestre de 2023, o setor varejista fechou o período em baixa, de acordo com a Federação das CDLs de Mato Grosso do Sul (FCDL/MS). Em entrevista ao Jornal da Hora nesta sexta-feira (28), a presidente da entidade, Inês Santiago explicou que o varejo teve um semestre negativo, com vendas menores em 4,1%.

“É um ano de retomada pós-pandêmico, mas estamos encontrando bastante dificuldade, e o serviço é um segmento importante do nosso varejo, porque ele representa 73% do PIB nacional e esse reflexo aqui também é importante, então nós estamos realmente preocupados com essa questão”, destacou.

Inês Santiago explica que a reforma tributária é um fator que tem influenciado nessa queda no setor varejista, além da questão do Governo Federal ter zerado impostos de importação de compras internacionais e até US$50 – incentivando ao consumidor a investir em compras on-line, abandonando a compra presencial em comércio local. “É possível competir com esse mercado externo dessa forma? Com essa desigualdade de tratamento tributário? Não é possível”. 

“É realmente algo que vai impactar negativamente o setor de serviço. Como é o grande gerador de emprego e renda no país, a gente pode dizer que temos um cenário nos próximos anos muito negativo para a economia. Se a gente olhar para todo esse cenário pessoal de uma reforma em que ainda não temos os pilares, mas não temos o conteúdo, é como se estivéssemos construindo uma casa em que nós temos as paredes, mas o que vai dentro nós não sabemos ainda”, concluiu.

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