Depois do impasse entre a Santa Casa e a Prefeitura de Campo Grande, após o hospital alegar que passa por uma crise financeira por falta de pagamento da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), a prefeitura anunciou que foi realizado o repasse financeiro para o hospital e que todos os pagamentos estão em dia.
Em entrevista ao Jornal da Hora nesta terça-feira (23), o médico e vereador Victor Rocha (PP) explicou que o hospital, para sobreviver, faz dívidas, pois existe um déficit mensal. “Como corrigimos esse déficit? Com atuação do Município, Estado e União. O Município está ofertando, além dos R$ 23,8 milhões no contrato, em torno de, aproximadamente, R$ 1 milhão a mais. O governo do estado já se posicionou que para cada R$ 1 milhão que o município der, ele vai dar um aporte de R$ 2 milhões. E tem que buscar via Federal também”.
Foi sancionada no dia 5 de agosto pela Presidência da República, a Lei 14.434/2022 que cria o Piso Salarial Nacional do enfermeiro, do técnico de enfermagem, do auxiliar de enfermagem e da parteria. De acordo com o vereador, hospitais do Brasil inteiro sentirão esse aumento nos gastos, e na Santa Casa, isso representa um aumento de R$ 3,5 milhões mensais. “A maioria dos hospitais do país são deficitários, ou seja, tem custo maior do que recebe do poder público. E aí precisa ter um aporte, Município, Estado e União, para que seja compensado. Não dá para criar Lei com obrigação de fazer, sem falar de onde vai sair esse recurso. Lá na Santa Casa o impacto vai ser de R$ 3,5 milhões só para pagar o Piso Nacional da Enfermagem”.
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Texto: da redação