Ilha teme ser invadida pela ditadura comunista
O fortalecimento dos laços entre China e Rússia, cujos líderes se reuniram na quinta-feira 15, no Uzbequistão, prejudica a paz internacional, advertiu nesta sexta-feira, 16, o governo de Taiwan. No encontro, o presidente Vladimir Putin renovou o apoio da Rússia às reivindicações do líder chinês, Xi Jinping, sobre a ilha.
“Taiwan condena severamente a Rússia por seguir o governo autoritário e expansionista do Partido Comunista Chinês (PCC) em suas declarações falsas em reuniões internacionais que minam a soberania de nosso país”, comunicou o Ministério das Relações Exteriores.
O PCC considera a ilha, no sudeste da China, parte de seu território e prometeu recuperá-la um dia, à força, se necessário. A invasão russa da Ucrânia preocupa profundamente o governo taiwanês, que teme o mesmo destino no futuro.
A Rússia “chama de provocadores aqueles que mantêm a paz e o status quo, o que demonstra amplamente o mal que a aliança entre os regimes autoritários chinês e russo faz à paz, estabilidade, democracia e liberdade internacionais”, informou o governo taiwanês.
As tensões no Estreito de Taiwan atingiram o nível mais alto no mês passado, quando a China fez uma série de exercícios militares na região, com intensidade jamais vista, e anunciou sanções à ilha, em retaliação à visita da presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi. Por uma semana, o PCC enviou caças, mísseis e navios de guerra para as águas e céus da ilha vizinha.
A ilha considera esses exercícios militares um ensaio geral para uma invasão. A pressão sobre Taiwan aumentou desde que Xi Jinping chegou ao poder, há dez anos. O ditador chinês vê a “unificação” de Taiwan como parte de seu plano para o “grande rejuvenescimento” da China.
- Fonte: Revista Oeste