Tempestades como as que atingiram nos últimos Rio Verde de Mato Grosso, Bela Vista, Ribas do Rio Pardo e Campo Grande, deixando rastro de destruição e quedas de energia, serão cada vez mais comuns em Mato Grosso do Sul, afirma o meteorologia Natálio Abrahão Filho. Junto com elas, também aumenta o número de raios, que pode ultrapassar a média de mil descargas por dia.
Segundo o especialista, o clima turbulento é característico da Primavera, mas deve durar, pelo menos, até o mês de fevereiro, durante o Verão. “Fatores que contribuem para os temporais estão presentes neste período, que são o calor e um canal de umidade da Amazônia que passa por aqui. Nos próximos dias, vamos ver essas chuvas fortes em outras cidades do estado”, explicou Abrahão.
No sábado, em Campo Grande, temporal alagou ruas, casas, derrubou árvores e deixou vários bairros sem energia. Em cerca de uma hora, choveu 26 milímetros e foram registrados 173 raios. O número de raios, afirma Abrahão, não é considerado alto, mas sim as consequências. “Neste caso, tivemos as quedas de energia durante a chuva”, explicou.
O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) alerta para risco de tempestade de raios em todo o território sul-mato-grossense. Conforme a previsão, há risco de queda de energia elétrica. As regiões Sudoeste, Pantanal e Centro-Norte são as que correm mais risco. Em caso de temporal, moradores podem acionar a Defesa Civil pelo 199 e o Corpo de Bombeiros pelo 193.