Palestinos têm sido mortos em confrontos com forças de segurança de Israel e colonos israelenses
As tensões estão aumentando na Cisjordânia, onde palestinos foram mortos em confrontos tanto com as forças israelenses como com os colonos após Israel anunciar um “cerco total” a Gaza em resposta aos ataques terroristas de 7 de outubro perpetrados pelo grupo radical islâmico Hamas.
A Cisjordânia é o território palestino a oeste do rio Jordão, adjacente a Israel e à Jordânia, e seus residentes esperam que o território faça parte de um futuro Estado palestino.
Desde que Israel assumiu o controle e ocupou a Cisjordânia, em 1967, após a Guerra dos Seis Dias, ela tem sido colonizada por civis israelenses, muitas vezes sob proteção militar.
A maior parte do mundo considera estes colonatos ilegais à luz do direito internacional. Mas, apesar disso, sucessivos governos israelenses prometeram apoiá-los.
Israel vê a Cisjordânia como “território disputado” e afirma que a sua política de colonatos é legal. Este ano, após a eleição do governo mais direitista e extremista da história de Israel, sob a liderança do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, a violência entre colonos e palestinos na Cisjordânia aumentou.
Em meados de setembro deste ano, as Nações Unidas tinham reportado 798 incidentes relacionados com colonos no território ocupado, resultando em 216 palestinos feridos. No mesmo período, as forças israelenses mataram 179 palestinos na Cisjordânia.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que a maioria são suspeitos de terrorismo ou pessoas que se envolvem violentamente com as suas tropas durante os ataques, mas não oferecem provas em todos os casos para esta afirmação.
Os colonos são há muito tempos acusados de praticar atos de violência contra os palestinos. Além de assassinatos, esses ataques incluíram incidentes de agressão física, danos materiais e assédio.
Hani Odeh, presidente da Câmara de uma pequena aldeia no território chamada Qusra, insistiu que o seu objetivo é expulsar os palestinos das suas casas e, em última instância, da Cisjordânia ocupada.
Fonte: CNN