Tanques e militares cercarem praça em La Paz nesta tarde, mas movimento não teve apoio nem dos opositores do governo boliviano
A fronteira de Mato Grosso do Sul com a Bolívia, em Corumbá, não teve movimentações ou reflexos da tentativa de golpe de estado denunciada pelo presidente boliviano Luis Alberto Arce, nesta quarta-feira (26).
Durante a tarde, o presidente do país vizinho denunciou mobilizações irregulares de algumas unidades do Exército boliviano, após tanques do Exército cercarem a Praça Murillo, em La Paz, onde fica a sede do governo local.
Corumbá faz fronteira seca com a cidade boliviana de Puerto Quijarro e está localizada a mais de 1,4 mil quilômetros de La Paz. Até o início da noite desta quarta-feira (26), não havia bloqueios ou movimentações além das corriqueiras na fronteira.
Golpe de Estado
Conforme informações do Estadão, militares pressionam o governo de Luis Arce a fazer trocas na equipe de governo, em meio a uma crise política aberta entre o comandante do Exército, Juan José Zúñiga, e o ex-presidente Evo Morales, padrinho político de Arce.
No início da tarde, o presidente foi ao X, antigo Twitter, denunciar o possível golpe e pedir respeito à democracia.
Após o cerco, ele se manifestou novamento afirmando que está firma para enfrentar qualquer tentativa de gole e pediu que o povo boliviano se organize para defender o governo.
A mobilização dos militares não foi apoiada nem pelos opositores do governo atual. Aliados do presidente convocaram uma greve geral e o bloqueio de estrada em protestos aos militares.
O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, que renunciou ao cargo em 2019, em meio a protestos que o acusavam de fraudar as eleições, também se manifestou através das redes sociais, afirmando que “um golpe de Estado está se formando”.
Morales convocou a população boliviana a se mobilizar para defender a democracia do golpe de estado.
- fonte: Correio do Estado