Vale do Silício Pantaneiro: economista coloca MS como protagonista na economia nacional

Com recursos naturais, boa localização geográfica e a chegada da Rota Bioceânica, Mato Grosso do Sul poderá se tornar o Vale do Silício Pantaneiro. A análise é do doutor em economia Michel Constantino, que ressaltou, em entrevista ao Jornal da Hora, que isso poderá levar o estado a outro patamar. 

O Vale do Silício é simplesmente o berço das maiores empresas de tecnologia do mundo. Também conhecido como Silicon Valley (nome original em inglês), essa região é um verdadeiro pólo industrial situado na Califórnia, nos Estados Unidos. Constantino acredita que, com os recursos naturais produzidos em MS, pode sim se tornar um atrativo às indústrias internacionais para futuros investimentos no estado.

“O Vale do Silício pode levar o estado a um outro patamar – eu chamei de ‘Vale do Silício Pantaneiro’ -, esse patamar depende de vários fatores, mas nós temos aqui alguns fatores importantes, principalmente recursos naturais. Os recursos que essas indústrias, principalmente internacionais, podem utilizar aqui no nosso estado”, explicou. 

Para o economista, a localização geográfica de Mato Grosso do Sul é uma vantagem atrativa, se comparado aos outros estados do Brasil. “Esses fatores já foram mapeados por essas indústrias, sabe que o nosso estado tem uma logística e integração importante, que é a bioceânica com a Ásia e os quatro países da América do Sul… e temos também uma vantagem competitiva e comparativa, que é a localização, onde nós temos uma vantagem entre outros estados”, avaliou. 

Em análise, Constantino ressalta que é importante mais investimento em outros produtos também, para atrair mais indústrias. “Se não vier indústria, a gente não desenvolve. Como a celulose já começou a chegar às indústrias, nos outros produtos nós precisamos disso também. Então a indústria traz salários melhores, empregos melhores, que traz toda uma infraestrutura para a região”, destacou. 

“Se você não tiver essa infraestrutura e recursos naturais para atender, eles não vem. Nós temos recursos naturais, mas sem indústria a gente não desenvolve”, finalizou. 

Acompanhe a entrevista na íntegra