Variação do preço dos materiais escolares tem diferença de -13,75% em 2024

Pesquisa do Procon Municipal de Campo Grande aponta a variação dos itens da lista escolar pode chegar a 690%; no ano passado, a variação foi de até 800%

O Procon Municipal de Campo Grande divulgou hoje (17), a pesquisa anual de variação de preço nos itens da lista escolar, que pode chegar até 690%, dependendo da loja.

Conforme levantamento feito pelo Correio do Estado, houve uma redução de 13,75% na variação dos preços em 2024. No ano passado essa diferença, entre os preços dos mesmos itens e marcas, chegou até 800%. 

Neste ano, a pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 16 de janeiro de 2024, com levantamento de 225 itens, em 9 livrarias e papelarias da Capital. 

A maior variação encontrada foi na régua plástica de 30 cm marca Waleu, sendo o menor preço de R$ 1,00 e o maior preço de R$ 7,90. Em segundo lugar, na Caneta esferográfica 1.0 mm marca Pilot, com o menor preço de R$ 1,50 e o maior preço de R$ 9,19.

Confira o ranking dos produtos com maior variação:

  • 690% régua plástica de 30 cm da marca Waleu;
  • 513% Caneta esferográfica 1.0 mm marca Pilot;
  • 441%, Caneta esferográfica 0.7mm – marca Pilot;
  • 400%, Cola em bastão 10g – marca Acrilex;
  • 372%, Marca texto – marca Brw.

Para Conferir a pesquisa completa, basta clicar aqui.

Especialista alerta que lista deve conter apenas os itens de uso individual 

Ao Correio do Estado, o advogado e especialista em direito do consumidor, Leandro Provenzano, orienta que os pais ou responsáveis estejam atentos aos itens que são pedidos pelas escolas.

As entidades escolares só podem solicitar os materiais de uso individual do aluno, itens de uso coletivo são de responsabilidade da instituição de ensino. Sendo assim, os pais ou responsáveis não têm o dever legal de adquiri-los.

“Tudo aquilo que é de uso individual do aluno é legal. De modo que, é ilegal tudo aquilo que é de uso coletivo, como resmas, papel higiênico, materiais de limpeza, canetas para o quadro branco, dentre outros itens que também não podem ser exigidos pelos pais, uma vez que são de uso do próprio estabelecimento de ensino.Todos esses produtos ilegais os pais não são obrigados a comprar, exceto se forem usados individualmente numa aula de educação artística, por exemplo”, alerta o advogado.

Sobre a pesquisa

O Procon Municipal de Campo Grande pesquisou os preços dos materiais escolares em diferentes estabelecimentos comerciais da região, com o intuito de orientar os consumidores sobre a importância de comparar preços antes de realizar suas compras para a volta às aulas.

Segundo o Procon, a pesquisa de preços é uma prática fundamental para que os consumidores possam economizar e fazer escolhas mais conscientes na hora de adquirir os materiais escolares. Ao comparar preços em diferentes estabelecimentos, é possível identificar as melhores ofertas e evitar gastos desnecessários propiciando uma economia expressiva que poderá ajudar no orçamento da família.

“É importante que os consumidores realizem e utilizem essas pesquisas de preços como uma ferramenta para que façam compras mais conscientes e econômicas, garantindo que estejam adquirindo produtos de qualidade e com preços justos”, reforça o subsecretário do Procon Municipal de Campo Grande, José Costa Neto.

Por fim, o Procon orienta os consumidores a verificarem a qualidade e a procedência dos produtos, bem como a conferirem as políticas de troca e devolução de cada estabelecimento. A exigência da nota fiscal também é destacada como um direito do consumidor e um documento importante em caso de necessidade de reclamação ou troca

Denúncia – Caso identifique alguma exigência indevida, a denúncia ao Procon deve ser feita pelo telefone 156-opção 2 ou orientação pelo número 2020-1231.

Foto: Reprodução Correio do Estado
Fonte: Correio do Estado