Nesta segunda-feira (11), a prefeitura de Campo Grande convocou uma audiência pública para deliberar sobre a construção de prédios na região do Parque dos Poderes e os possíveis impactos que as obras podem causar para a vegetação e fauna do local. O espaço, que abriga uma grande quantidade de animais e desempenha papel fundamental no escoamento de água e regulação climática, tem sido defendido por ambientalistas e políticos.
Em 2023, um acordo entre o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), o Governo do Estado e o Imasul, autorizou o desmatamento de quase 20 hectares de vegetação do Parque dos Poderes para a construção de novos estacionamentos e ampliação de prédios públicos. Na ocasião, o Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJMS) rejeitou o recurso e manteve a decisão que impedia a retirada das árvores.
Na manhã desta quinta-feira (14), o Jornal da Hora recebeu a vereadora Luiza Ribeiro (PT) que se posicionou contra os projetos de construção no Parque dos Poderes e falou sobre as movimentações políticas para impedir a construção. “O problema é destruir uma natureza cara pra nós, que está ameaçada de desmatamento. Então, não só eu como vereadora, mas muitos cidadãos militantes aqui de Campo Grande estamos contra esse acordo. E agora, depois de tudo isso, foi revelado pela investigação feita pelo STJ que há uma série de interesses que não são interesses lícitos e que também envolvem o desmatamento dessa área”, afirma.