Vereadores aprovam obrigatoriedade de intérprete e tradutor indígena em atendimentos públicos

Proposta do vereador André Luis (Rede) irá agora para sanção da prefeita Adriane Lopes (PP)

Os vereadores da capital aprovaram nesta terça-feira (12) o Projeto de Lei (PL) 11.062/23 que dispõe sobre a obrigatoriedade de intérprete e tradutor indígena nos atendimentos prestados por órgãos públicos. A proposta do vereador Prof. André Luis (Rede) foi aprovada em segunda discussão e irá agora para sanção da prefeita Adriane Lopes (PP). 

De acordo com o vereador, alguns indígenas têm dificuldades com a língua portuguesa e deixam de realizar algumas atividades por causa do idioma. “Dos 900 mil habitantes de Campo Grande, de 22 a 25 mil habitantes são indígenas. Muitas dessas pessoas não têm habilidade com a língua portuguesa, principalmente as mais velhas. Elas têm dificuldade em ir ao médico, pedir uma informação, e ficam constrangidas. Com isso, deixam de ir ao médico porque falta um tradutor”. 

Ele explicou que a tradução poderá ser feita de maneira remota, sem a presença do intérprete. “Não é preciso um tradutor em cada unidade do município. A gente pode ter um sistema online, mecanismo de Whatsapp, por exemplo, que você liga para o tradutor e ele faz a comunicação entre a pessoa e o médico, através de uma mensagem de vídeo”. 

Por: Beatriz Rieger e Evelyn Mendonça
Foto: Câmara CG