Com prazo máximo de construção para o primeiro semestre de 2025 e um investimento de US$85 milhões, a Rota Bioceânica tem gerado expectativa no setor comercial e nos pequenos municípios de Mato Grosso do Sul. A expectativa é que com a estrutura, as cidades recebam um maior fluxo de pessoas e um crescimento econômico, porém o crescimento não será automático.
Em entrevista ao Jornal da Hora desta quarta-feira, o presidente da Federação das Associações Empresariais (Faems), Alfredo Zamlutti, disse que é necessária a criação de atrativos nos municípios. Ele explica que apesar da Rota Bioceânica, as cidades só terão um crescimento de fluxo significativo caso se destaquem no percurso.
“Eu digo que se preparem para que a pessoa que estiver trafegando na bioceânica tenha um motivo para parar na sua cidade. Um bom restaurante, um bom hotel, alguma coisa. A Bioceânica não vai transformar jardim, Nioaque, Guia Lopes,Guia Lopes da Laguna, essas cidades, porque depois de 15 km de Porto Murtinho, ela vira e vai embora. Então ou você cria um hotel, cria algum atrativo, ou ninguém vem aqui”, disse.
Benefícios
Conforme Zamlutti, apesar da necessidade de atrair a atenção para os municípios, a Rota Bioceânica trará consequências positivas para o estado. “A Rota Bioceânica vai ser uma rota turística maravilhosa. Não digo que ela não vai trazer benefício, porque ela vai. Empresas de São Paulo e de outros locais do Brasil podem mandar seus produtos. […] Não tenha dúvida nenhuma que benefícios financeiros ela vai trazer”.