Zero Acidentes deve ser o objetivo de Campo Grande, diz Ivanise Rotta, da Agetran

Com 2,20 habitantes por veículo, Campo Grande é a cidade do Mato Grosso do Sul com mais automóveis, de acordo com dados do Departamento de Trânsito do Mato Grosso do Sul (Detran MS). São 664.151 meios de transporte para 898.11 habitantes, sendo 326.592 carros e 158.319 motos, conforme o IBGE. Diante disso, os motoristas e pedestres da capital enfrentam diversos problemas diariamente nas ruas, todos reflexo da má mobilidade urbana.

Entre os problemas, se encontram falta de vagas de estacionamento, ruas estreias, infrações como ultrapassagem de sinal vermelho e acidentes. Segundo a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), em 2023 foram 56 acidentes fatais na capital. Para a gerente em educação no trânsito da Agetran, Ivanise Rotta, a engenharia e a educação podem reverter esse quadro. 

Em entrevista ao Jornal da Hora nesta quinta-feira (21), Ivanise Rotta destacou que o mundo tem dado maior atenção para a redução dos sinistros de trânsito, o que deve ser seguido por Campo Grande. Conforme ela, a iniciativa se chama “Visão Zero”, e foca em desenvolver estratégias para evitar que os erros humanos causem acidentes. 

“Hoje o mundo todo deu uma olhada pra questão da Visão Zero. Então visão zero sinistros, zero acidentes. A Suécia traz pra nós esse estudo de que o ser humano vai errar, então o trânsito tem que estar preparado para esse ser humano errante, e a engenharia é fundamental. Ruas mais estreitas nos locais de travessia, tirar obstáculos das avenidas. É uma novidade pro Brasil, mas na Suécia desde a década de 60 já é aplicada”, refletiu.

Respeito 

Para Ivanise Rotta, os motoristas podem influenciar diretamente na redução dos acidentes. Ela explica que uma direção defensiva aliada ao respeito ao próximo pode mudar o cenário da mobilidade em Campo Grande. É necessário uma mudança de postura por parte da população.

“Respeito pelo outro. Duas palavras muito importantes para a nossa segurança são a mobilidade e a civilidade, porque nós devemos ter realmente. Está faltando tolerância. É uma mudança de cultura”, declarou.

A professora também destacou que a Agetran possui um canal de comunicação para que a população possa entrar em contato com a agência para realizar solicitações, reclamações ou sugestões. O telefone para contato é 156, e funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 19h30.

Assista a entrevista na íntegra

Foto: Evelyn Mendonça
Texto por Reuel Oliveira