Israel afirma ter aprovado a abertura de três rotas humanitárias para Gaza, para permitir mais ajuda ao território

Acontece horas depois de o presidente dos EUA, Joe Biden, ter dito ao primeiro-ministro de Israel que a situação em Gaza é “inaceitável”

A Porta Erez, no norte de Gaza, será reaberta temporariamente pela primeira vez desde o início da guerra.

O Porto de Ashdod será aberto para entregas humanitárias e mais ajuda da Jordânia poderá entrar através da passagem de Kerem Shalom.

Acontece horas depois de o presidente dos EUA, Joe Biden, ter dito ao primeiro-ministro de Israel que a situação em Gaza é “inaceitável”.

De acordo com a leitura de um telefonema entre Biden e Benjamin Netanyahu, o presidente alertou que Israel deve tomar medidas para evitar danos civis e sofrimento humanitário, se quiser manter o apoio dos EUA.

Entende-se que a reabertura dos corredores foi solicitada especificamente pelo Sr. Biden no telefonema.

A dupla realizou a ligação após a morte de sete trabalhadores humanitários da World Central Kitchen (WCK) na segunda-feira.

O Conselho de Segurança Nacional dos EUA disse que saudou as medidas anunciadas por Israel, que afirmou “devem agora ser total e rapidamente implementadas”.

A política dos EUA, acrescentou, seria determinada pelas medidas tomadas por Israel para proteger “civis inocentes e a segurança dos trabalhadores humanitários”.

Na quinta-feira, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que haveria uma mudança na política dos EUA se os EUA não vissem mudanças por parte de Israel.

Netanyahu tem enfrentado uma crescente raiva internacional e interna face à conduta de Israel em Gaza.

Uma longa fila de camiões cheios de ajuda tem estado a fazer marcha-atrás no lado egípcio da fronteira com Rafah há meses, uma vez que só podem entrar em Gaza depois de uma série complexa e burocrática de controlos israelitas.

A ausência de abastecimentos humanitários adequados forçou a Jordânia, os EUA e o Reino Unido a retirar ajuda do ar – a forma menos eficaz de entregar abastecimentos humanitários.

Foto: Reprodução Misto Brasil
Fonte: Misto Brasil