Clubes convocam assembleia para reformar estatuto e destituir gestão Cezário

O edital de convocação marcou a reunião para o próximo dia 25 de julho, às 14h, no Grand Park Hotel

Foto: Foto: Alex Machado

Clubes filiados à FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) convocaram assembleia geral extraordinária para o próximo dia 25 de julho, às 14h. O objetivo é confirmar quais entidades são filiadas à federação, mudar o estatuto, destituir gestão do presidente afastado Francisco Cezário de Oliveira e convocar novas eleições.

A assembleia está prevista para acontecer na Sala Maritaca do Grand Park Hotel, localizado na Avenida Afonso Pena, nº 5.282 – bairro Chácara Cachoeira. O edital é assinado por 20 clubes profissionais, oito clubes amadores e a Liga Treslagoense (amadora).

Das dez equipes que disputaram o Campeonato Sul-Mato-Grossense Série A de futebol masculino 2024, somente o Operário Futebol Clube não assinou o edital. Das equipes da Série B, Misto Esporte Clube e Operário Caarapoense também não estão presentes no edital de convocação.

Os clubes que integram a nota usaram a prerrogativa prevista no próprio estatuto da FFMS. Eles podem convocar uma assembleia geral extraordinária ao representar mais de um terço dos filiados.

Pautas da reunião – O primeiro assunto da reunião, conforme o edital, será para ratificar o quadro de filiados. Os dirigentes que compõem a Junta Governativa da FFMS chegaram a enviar uma relação no dia 1 de julho, mas não tiveram resposta da FFMS presidida de forma interina por Estevão Petrallás.

A seguir, a pauta será a reforma integral do estatuto social da FFMS. O grupo composto por André Baird (Costa Rica); Iliê Vidal (Águia Negra); Bosco Delgado (Corumbaense) e Gilmar Ribeiro (Portuguesa) e Ítalo Milhomen representando o futebol amador fizeram uma proposta.

Na sequência, o assunto será a destituição da atual gestão do presidente afastado Francisco Cezário de Oliveira. Ele está afastado desde o dia 27 de maio. O edital explica que a decisão não interfere na nomeação de Estevão pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). “[Ele] deverá permanecer no cargo até o final do período assinado por meio da Portaria”.

Caso sejam aprovadas as deliberações listadas acima, os clubes vão discutir uma data para as eleições gerais. Uma data prevista é o dia 22 de agosto de 2024, às 14h, no mesmo endereço.

Promessas

 O representante do futebol amador da junta, Ítalo Milhomen, afirmou que Estevão Petrallás não colaborou com as solicitações de informações que os clubes desejavam. Além disso, explicou que ele não cumpriu com promessas.

“O compromisso com os clubes era da federação chamar para reforma do estatuto, dar transparência nas informações e convocar novas eleições em 90 dias”, disse Ítalo. Ele complementou que enviou o documento e o pedido para publicação no site da FFMS.

A reportagem procurou a assessoria da FFMS e de Petrallás para esclarecimento sobre as situações relatadas. Até o momento, não foi encaminhada nota de retorno.

O advogado de Francisco Cezário de Oliveira, André Borges, também foi procurado. Ele respondeu que o cliente está impedido de tratar de assuntos que envolvem a Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul.

Propostas de mudança – A junta disponibilizou um documento com as principais propostas de mudanças para o estatuto da Federação. Os pontos envolvem o peso dos votos dos filiados, prazo de mandato, reeleição, quem estaria apto a ser presidente, composição da chapa eleitoral, regras para eleição de presidente e contratação de diretor financeiro independente.

Atualmente, o prazo de mandato é de quatro anos com mais um reeleição. A proposta é manter isso. Em relação ao peso dos votos, o estatuto prevê que clubes profissionais tem peso 2 nas votações. A proposta é de votos com peso 3 para equipes que tenham disputado a Série A nos últimos cinco anos; peso 2 para clubes da 2ª divisão; e peso 1 para clubes amadores e ligas.

Para presidir a Federação, conforme o atual estatuto, é preciso três anos como presidente de clube profissional em qualquer lugar. A mudança oferecida é de dois anos no mínimo como presidente de clube profissional em Mato Grosso do Sul. Além disso, impedimento de candidatura de pessoa condenada, ainda que de forma administrativa.

Sobre a votação, atualmente, ela acontece de forma secreta para presidência. A proposta é de votação aberta em ordem alfabética. Confira abaixo outras mudanças propostas:

Fonte: Campo Grande News