Infectologista reforça vacinação para reduzir epidemia de doenças respiratórias

Municípios de Mato Grosso do Sul apresentaram aumento no número de casos de doenças respiratórias

Foto: Rovena Rosa

Mato Grosso do Sul apresentou aumento nos índices de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e internações por doenças respiratórias em todos os seus municípios. As altas nas taxas da doença foram apontadas pela médica infectologista, Doutora Mariana Croda.

Em entrevista ao Jornal da Hora desta quinta-feira (09), a doutora explicou que existem períodos em que determinadas regiões podem apresentar surtos das doenças respiratórias, mas que nas últimas semanas, o aumento ocorreu em todo o estado. 

Dr. Mariana Croda. Foto: Arquivo Pessoal

“A gente olha o estado como um todo, temos aumento de doenças respiratórias em todo o estado. Nós temos períodos mais epidêmicos, que chamamos de surto, mas a gente está falando para o estado inteiro, todo mundo teve aumento de síndrome respiratória aguda grave e internação por doença respiratória nas últimas duas semanas, esse alerta é para toda população do estado”.

Conforme o último Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), o estado apresentou 2.126 casos de SRAG, um aumento de quase 20% em relação aos números do levantamento anterior. 

Ainda de acordo com o Boletim, crianças na faixa etária entre um e nove anos são as mais afetadas, mas a maior parte dos óbitos ocorre entre a população idosa. 

Para combater a doença, a SES ampliou a oferta da vacina contra Influenza para toda a população com mais de seis meses de idade. O objetivo é aumentar o número de pessoas imunizadas e diminuir os sintomas de síndrome gripal e SRAG.

A doutora explicou que o calendário de vacinação foi ampliado e antecipado em relação às datas de 2023, para combater as doenças antes da sazonalidade dos vírus registradas no último ano. 

Ela explica que entre as campanhas para o uso de máscaras e o cuidado com a utilização do álcool em gel são importantes, mas a vacinação é a melhor forma de combater as SRAGS. 

“O vírus se transmite de pessoa a pessoa. Nesse ambiente de baixa umidade sem circulação a gente tem um ambiente favorável para transmissão do vírus respiratório. As recomendações já colocam o retorno do uso de máscaras […] e distanciamento social. O ideal é a vacinação, estar com a vacinação de covid e influenza porque esses dois vírus a gente consegue controlar”, concluiu.

Assista a entrevista na integra