Texto por Reuel Oliveira

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Nesta terça-feira (23) a Universidade Católica Dom Bosco realizou no Bioparque Pantanal, a aula magna da disciplina “Rota Bioceânica”. 

A disciplina é uma novidade na grade de cursos da universidade e focará em apresentar aos mestrandos, a partir de vários olhares, o que é a Rota Bioceânica e seus impactos em Mato Grosso do Sul. 

O diretor-presidente da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado (Fundect), e palestrante do evento, Dr. Márcio de Araújo Pereira, afirmou à Rádio Hora que as pesquisas realizadas na universidade irão contribuir para o fortalecimento da Rota no estado. 

Conforme ele, todos os países envolvidos no novo caminho para o Oceano Pacífico irão crescer, e Mato Grosso do Sul será protagonista desse crescimento. 

“A pesquisa vai contribuir para que a rota se estabeleça ainda mais. Primeiro, ela trabalha o que é uma Rota, ela traz que essa Rota se estabeleça e seja fortalecida. Também tem as consequências dessa Rota, que é a internacionalização, a maior integração com as universidades, maior conhecimento científico compartilhado, maior crescimento, maior evolução tecnológica, maior evolução na inovação. O crescimento é mútuo nos países e Mato Grosso do Sul está no centro de estudo, ele é protagonista desse crescimento”. 

A formação da disciplina acontece após um período de pesquisas realizadas na universidade. Desde 2015 a UCDB realiza estudos, publica artigos e faz viagens científicas para entender o que é a Rota Bioceânica e quais seus impactos.

O coordenador do Programa em Desenvolvimento Local da UCDB, Dr. Michel Constantino, confirmou à Rádio Hora que a primeira turma da disciplina contará com 30 alunos.

Conforme o economista, a Rota diminuirá os custos da exportação e tornará  Mato Grosso do Sul mais competitivo no mercado. 

“Tem uma estimativa do ministro das Relações Exteriores, que ele vai apresentar na próxima semana, de 40% de redução de custos. Para exportarmos hoje, para a China, tem um custo. Vamos continuar exportando pela Rota com 40% a menos. Vai aumentar a competitividade do estado e vai ser muito bom para o produtor, para o trader, para quem mexe com o agronegócio e outras indústrias”.

Conforme Constantino, a diminuição dos custos da exportação e o crescimento do estado no mercado afetará diretamente a geração de empregos e a vinda de empresas para o território sul-mato-grossense. 

“Vamos ter mais emprego no estado, mais arrecadação. Tudo isso faz um crescimento do estado. Vamos reduzir custos e aumentar ainda a economia com emprego, arrecadação, mais empresas vêm para cá e toda essa atividade econômica”, concluiu.